As cartas que de ti recebi.
Sim, eu as tenho aqui
Em meio à esse pó
Que assoma todo abandono.
E a saudade, de um jeito manso,
Corta-me a alma e cintila
Nos olhos e no rosto,
Lágrima triste que oscila
Entre o desânimo e o desencanto.
Dos versos desse amor sublimado,
Versos que, em vão, te procuram
No seu querer mais sagrado,
Minhas palavras retornam
Como peregrinos cansados...
Renato Oliveira