Uma canção para...
Tênue, roçando sonhos,
Um mar distante se me desdobra,
E vem aos teus pés beijar a rosa
Que te ofereço. No anteluar das horas
Dessa espera infinda e incerta,
Beijo teu gesto ao tomá-la
E levá-la aos lábios como quem chora.
Uma canção para...
Me chega uma vaga saudade
Que já não sei do que é
-Do que foi? Do que ainda será?
Quedo-me ao silêncio da tarde
No imperfeito sabor de te saber distante,
E tua sombra adiante dos meus pés...
Renato Oliveira.
É preciso amar...
E eu amo...
É preciso sorrir...
E eu sorrio...
Mas se for preciso chorar,
Eu quero um motivo;
E se for preciso partir,
Eu quero um caminho.
Mas se for preciso voltar,
Eu quero braços que me abracem,
Um sorriso que me sorria
E um amor que me ame...
Renato Oliveira
Vem agora, anjo de luz celestial,
E busca-me aos teus domínios do amor,
Onde sei que irei encontrar a paz
E o descanso de minhas batalhas carnais.
Vê. Meu corpo reclama teu calor,
Minhas mãos anseiam por teu corpo,
Minha voz, trêmula, te evoca em cantos de paixão.
Vem, minha linda amada de sublime veu,
Vem e me faz parte de ti.
Renato Oliveira
O amor diz que sim;
A razão diz que não.
Se eu quero
E tu também queres,
Então, por que não?
Se nos sobram amores
E nos faltam pudores,
Esqueçamos a razão...
Renato Oliveira
Quando chegar a hora,
Te lembrarás da história
Que um dia te contei.
E se lembrares do meu olhar,
Olha bem no fundo dele
E verás nele refletido, o amor,
Verdade que não revelei.
Renato Oliveira
Me aguçam sonhos que não consigo decifrar...
Medos... Muitos medos me rondam.
Medo de perder teus caminhos;
Medo de me perder na tua ausência;
Medo de que à ti te bastem,
Tão somente, nossas lembranças.
Medo de ver desabarem minhas crenças...
O coração vai, aos poucos, se desfazendo
Num palpitar sem razão de ser
No lento abandono em que se vê.
Perder tudo que se ama
E sentir as tristes esperanças
Não passarem de poeira
Erguida no deserto da alma.
Renato Oliveira