Conversa entre Anjos

 Anjo1: Onde vais assim, com tanta pressa?

Anjo2 - Vou ouvir o vento.

Anjo1: E o que te diz o vento?

Anjo2 - Que Deus está abençoando o anjinho que está lendo estas palavras agora.

Miudezas...

 Quando o vento fala com as flores, a luz com as estrelas, é de amor que estão falando.

Quando o Criador ouve tuas preces, e sobre ti estende suas bênçãos, é de amor que Ele está te falando.

Quando a fé abraça tuas esperanças, e a paz se faz nos caminhos do teu andar, são de amor todos teus passos.

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Gosto do silêncio das  cores que dão forma ao pensamento, principalmente o rosa e o lilás, que parecem uma oração das tardes cálidas de outono, rabiscando o céu com o olho comprido do sol que se vai.

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Aquele que nunca morou em sua própria alma, e nunca passeou com seus sonhos, não sabe o que é um horizonte colorido com um fim de mar.

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Aquilo que não sou é o que mais me faz falta. Me procuro no escuro das minhas memórias e nunca estou lá.

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A natureza veste a vida de vida; fica tudo cor de colheia.

Renato Oliveira

Vivo Exilado...

 

Vivo exilado no meu passado.

Melhor- vivo exilado nas palavras de passado

Que vão compondo meus poemas.

Bons ou ruins? Não sei, e não me importo

Com isto. Apenas escrevo, e vejo minha vida passar,

Lentamente, cruelmente, docemente, como se estivesse

Morrendo em cada verso...

Renato Oliveira

Ieda Martins...

Inundo-me dessa voz, entre o que vivo

E o viver que corre ao meu lado,

Distante das primaveras que sei existindo

Através do olhar, que busca os sonhos tão cedo apartados.

Mas, se os sonhos se fazem distantes e ausentes,

Ainda assim busco um sentido em tudo.

Reacendo minhas sensações, e o deserto se faz lá fora.

Tudo em mim é vida, vida de todo o sempre

Iluminando o vazio de todas as horas.

Nos meus cansados passos, florescem almas ao abandono...

Sou, dos meus erros, o único escravo, meu único dono...

Renato Oliveira

As Mulheres...

Elas trazem a alma no olhar.

Nos sorrisos, a calma da paz.

No ventre, a poesia da esperança com que fecundam a vida.

Nas mãos, o abrigo e o aconchego para um espírito em desassossego.

Nos lábios, a palavra doce de fé e gratidão que se faz a doce prece de intercessão, rogando ao Supremo sua divina misericórdia para todo aquele que sofre.

Se choram suas dores, o fazem no silêncio do coração, na conversa íntima com o Criador.

Preferem sorrir os sentimentos, sempre maiores que a própria dor.

Elas existem com o tempo, são o próprio tempo em renovação de vida.

São a mais suave e sublime demonstração do amor de Deus para com sua criação.

Renato Oliveira