Uma casa...
Uma saudade...
Naquela rua, naquela casa,
Mora uma saudade
Que já nem faz aniversário, de tão antiga que é.
Naquela casa, naquela rua,
Mora um amor (que hoje é um amor solitário)
Com a dileta e fiel amiga saudade.
A saudade se alimenta de sonhos e lembranças
De alguns instantes em que pode ser feliz.
O amor se nutre de esperas e esperanças...
Naquela rua, naquela casa,
Amor e saudade dão-se as mãos,
Num consolar-se mutuamente,
Enquanto a ausência, teimosamente,
Prolongar sua visita.
Renato Oliveira