Eu, andarilho, corri
Mundos, espaços, cidades,
Em busca das verdades
Balbuciadas por tantas bocas.
E rodaram ao léu as palavras todas
Em meio a tantas por dizer,
Como se um véu cobrisse os olhos
Daqueles que não queriam ver.
Onde, então, na humanidade,
O amor, o coração, ofertados
Aos pés da Santa Cruz?
Permanecem pleno de luz,
No corpo do amigo Jesus,
A cada dia, mais e mais crucificado.
Renato Oliveira
Ainda ontem eu tinha sonhos,
Quando era possível ser feliz.
Hoje, olho-me ao espelho
E no meu rosto, por inteiro,
Vejo teu rosto que a vida pos ali,
No olhar que deixa correr uma lágrima
Pelo amor descoberto tarde demais.
Trago o gosto da vida,
O gosto do tempo, guardados em mim.
Lembranças... Saudades...
Vou saboreá-las lentamente,
Vagarosamente. Uma a uma.
Não todas, apenas algumas,
Aquelas que nasceram contigo
E me encheram as mãos
E os olhos de rosas e estrelas.
E vou calar minha voz.
Prometo te amar em silencio,
No silêncio de todas tuas ausências,
No silencio de nunca termos existido.
Renato Oliveira
Ao meu amor, doce amor que caminha ao meu lado e é o presente de Deus que veio iluminar minha vida.
Esse amor que chegou quando, em minha vida, os sonhos se desfaziam, e me acompanha nos silencios, risos e dores;
Esse amor que me sustenta com as duas mãos quando estou caindo, e é incondicional nos momentos difíceis;
Esse amor que sabe o que estou sentindo, ainda que não lhe revele, e ao qual me entrego de corpo, alma e coração;
Esse amor que está sempre no meu pensamento, seja na distância de nós dois ou no vazio das ausências, porque o amor é um só sentimento a nos unir;
Esse amor que não escolhi, que me tomou, que já estava em mim mesmo que eu não o soubesse;
Ao meu amor, este sol que afasta minhas tristezas;
À ela, tão somente à ela, à minha amada, quero dizer o quanto eu a amo e desejar-lhe de modo todo especial...
...Paz em sua vida...
Renato Oliveira