Quando era possível ser feliz.
Hoje, olho-me ao espelho
E no meu rosto, por inteiro,
Vejo teu rosto que a vida pos ali,
No olhar que deixa correr uma lágrima
Pelo amor descoberto tarde demais.
Trago o gosto da vida,
O gosto do tempo, guardados em mim.
Lembranças... Saudades...
Vou saboreá-las lentamente,
Vagarosamente. Uma a uma.
Não todas, apenas algumas,
Aquelas que nasceram contigo
E me encheram as mãos
E os olhos de rosas e estrelas.
E vou calar minha voz.
Prometo te amar em silencio,
No silêncio de todas tuas ausências,
No silencio de nunca termos existido.
Renato Oliveira
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