domingo, 5 de junho de 2011

Do meu amor...

Não sei se meu amor é grande
Ou infinitamente nada diante do teu amor.
Mas sei que ele é do tamanho que o sinto.
Imenso, capaz de cobrir o mar, enfeitar o céu.
E sei, também, que sem teu amor nada tem sentido.
Eu queria ser o colo que te acolhe
Nos teus momentos de solidão ou desesperança.
Ou, então, o braço que te envolve
E te ampara quando menos sentires o sentido da tua vida.
Queria ser a liberdade com que anseias
Andar teus passos por calçadas e ruas, vazias ou cheias,
Onde pudesses te reencontrar contigo, te reconhecer
No silêncio que te respeita no teu silêncio de palavras,
Mas enormemente loquaz na volúpia do teu pensar.
Queria ser o teu direito a ter o direito de andar solitária
Quando, em tua alma, vem essa vontade libertária
De abandono de fazer de ti aquilo que quiseres.
Eu queria ser tudo isto para ti.
Mas, acima de tudo, quero ser teu amor,
O amor que não aprisiona, que não enclausura,
Um amor que apenas ama, na certeza de saber,
No amor enclausurado, o quanto há de tortura.

2 comentários:

  1. Estupendo!
    Muito profundo... me identifico.

    Sou aluna da professora Ieda, ela que me indicou esse blog. Também arrisco alguns versos...rsrs. Se quiser conhecer pode ver meu blog.

    euemdestaque.blogspot.com

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  2. Muito obrigada pelo comentário!

    De fato, a única coisa que podemos provar é o que sentimos no lado de dentro da alma. O resto afora são vãs possibilidades.
    Todavia, o que eu sinto, muitas vezes, acho fantástico, me perco em meus mundos. E eis ai a minha frágil tentativa de dar vida com palavras às minhas ilusões de 13 anos rsrs.

    Quem sabe um dia eu consiga.
    Beijos.

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