sábado, 3 de março de 2012

Fragmentos...

Tão iguais, sempre, as mesmas tardes...
E o mesmo vento de silência roçando a face
Trazendo fragmentos de um outro sol
Que não este, iluminando o eu que restou de nós...

Ergo as mãos e te busco por entre lembranças...
Meu gesto ansioso, abrupto, ao olhar desmancha
O olhar que, em abstrato, desenhava teu rosto
E os sonhos se dispersam e se perdem nesse abandono.

E és tão perto e tão distante! Te sinto
No tempo que é em mim o terem sido
Todas as horas sempre a mesma hora: aquela
Em que eras, no meu céu, todas as estrelas...

Renato Oliveira
03/03/12

Um comentário:

  1. Renato

    Seus fragmentos...me soam como fragmentos da alma, depois de uma despedida, "do eu que restou de nós ...". Parecem lança cravada no seu coração que ama e acredita. "Ergo as mãos e te busco..."numa dificuldade de recompor sentimento, recomeçar dos resíduos de um coração que ama em lamentos.

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