Foi como uma leve brisa de verão, daquelas que chegam suavemente, nos
acariciam e, depois, se vão.
Vão-se tão leves e lentamente quanto chegaram, mas deixando o perfume
de natureza que trazem em si, um cheiro de vida há tanto expectada e ansiada,
que não se realiza, senão por um breve tempo de existir e enfeitar essa outra
vida, que fica, solta e perdida, em meio aos sonhos que ousou criar.
E agora? Começo e fim dentro do mesmo círculo: realidade e sonho, vida
e morte.
Melancolia, tristeza, dor. Por que não?
Melancolia, tristeza, dor – rebanho e pastor.
E seguem através do tempo, rebanho e pastor, em trilhas silenciosas de saudade.
Renato Oliveira