domingo, 23 de abril de 2017

Na tarde que se vai...



No lusco-fusco da tarde que se esvai, por entre nuvens que encobrem o céu, escrevo.
Não antes, nem depois, do exato momento que deveria. Apenas no instante em que as palavras surgem espontaneamente –sempre-, e ficam dançando no pensamento, tentando chegar-me à boca. Mas, para quê, se não há quem me ouça?
E cada palavra é a emoção que se faz vívida, a alegria em que se refaz a vida nos encontros e reencontros com tua voz (eu te ouço...), com teu sorriso (eu o vejo...), na procura inútil de uma ternura que se fez passado.
E são tão intensas, que preenchem o vazio da alma, nessa tua ausência concreta, nessa busca constante do sonho bom, da paz, e do que é mais sublime no querer.
Pode tudo isto parecer meio nostálgico, mas faz bem. Ao coração. À alma. Ao viver.
E vou cantarolando as canções em que, muita vez, nos deixamos embalar...

Renato Oliveira

Um comentário:

  1. Por favor, não deixe de escrever, não permita que as palavras deixem de alcançar as pessoas e transformar vidas...

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