Sabe,
as vezes fico aqui,solito,
matutando
de mim para comigo,
sobre
as andanças da vida,
dessa
roda viva que não para, e não se cansa de rodar.
Bota a
gente colado com outra gente,
mesmo
que essa outra gente
ainda
não seja presente o suficiente
para
encantar a gente, com todos os presentes
que se
colhe nos galhos pendentes
da
árvore de todos os desejos.
Daí,
fico aqui pensando num jeito
de
enganar esse engano,
que
nos deixou assim, feito
como
um abandono, mais para um estado de sono,
onde todos
os sonhos vivem sem jamais dormir.
Sabe,
queria que essa roda da vida um dia parasse,
justo
quando eu te encontrasse,
fosse
na estrela cadente, ou fosse na lua brilhante,
gigante
de cheia em sua cheísse.
Quem
sabe, então, surfar ao teu lado
nos sonhos
ondulados,
em
ondas de nuvens do céu-mar azulado,
que um
sonho só não pode conter,
somente
sonhar.
Renato Oliveira