terça-feira, 19 de novembro de 2019

Sabe...

Sabe, as vezes fico aqui,solito, 
matutando de mim para comigo,
sobre as andanças da vida,
dessa roda viva que não para, e não se cansa de rodar.
Bota a gente colado com outra gente,
mesmo que essa outra gente
ainda não seja presente o suficiente
para encantar a gente, com todos os presentes
que se colhe nos galhos pendentes
da árvore de todos os desejos.
Daí, fico aqui pensando num jeito
de enganar esse engano,
que nos deixou assim, feito
como um abandono, mais para um estado de sono,
onde todos os sonhos vivem sem jamais dormir.
Sabe, queria que essa roda da vida um dia parasse,
justo quando eu te encontrasse,
fosse na estrela cadente, ou fosse na lua brilhante,
gigante de cheia em sua cheísse.
Quem sabe, então, surfar ao teu lado
nos sonhos ondulados,
em ondas de nuvens do céu-mar azulado,
que um sonho só não pode conter,

somente sonhar.

Renato Oliveira

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