domingo, 1 de agosto de 2021

Ausências...

 Ausências...

A cruz dos meus tormentos
Ergue-se na penumbra, em horas altas
De ausências contínua e constante.
E a chama, ainda que oculta,
Refaz-se na aliança partida,
perdida, na lente do espelho
Onde encontro, ainda,
O olhar que não mais vejo-
A realidade que já não és.

Em lentos e suaves passos,
Acariciados por brisas amenas,
A vida, em vida, nos meus braços
Esquece do momento passado,
Em busca da manhã serena
Nos brilhos virgens da aurora
Nas cores desse amanhecer encantado... 

Renato Oliveira


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