Mais um mês se foi.
Agosto... Mês dos ventos vadios e
errentos, convidando folhas e poeira para dançarem a música da vida, que se faz
no ventre das sementes escondidas no aconchego das terras úmidas, berço natural
da natureza, que se recolhe na gestação do esplendor de cores e luzes da
primavera.
Agosto... O gosto sonolento da
hibernação que se faz ao assobio dos ventos cantantes ao redor dos passos,
escassos, das janelas que se abrem tímidas, temerosas do frio que lhes pode
invadir. O corpo. A alma.
Agosto... Berço do setembro que se
avizinha, que já se alinha no horizonte em sóis de cores mais vivas e límpidas.
Prepara o parto dos amores que explodem no desabrochar de flores e frutos.
Ciclos... Um após outro... E te encontro. E nos encontramos. E a vida se faz
mais vida.
Renato Oliveira
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