Que se fizeram, da esperada ventura,
No palco de todos meus enganos,
Memorial de todas as amarguras.
A um canto da vida, as agruras
Permanecem em abandono.
E a própria vida murmura:
“Que viver estranho, tão insano...”
Que fosse ele tão estranho...
Não importa... Mas não a tortura
Da solidão, ao meu redor dançando,
Capaz de levar-me até a loucura.
Recontei os dias e as muitas dores
Que conservo, na alma, escondidas,
À sombra da alegria renascida.
Em hinos de amor e louvores,
Em sons alegres e encantadores,
Vem, amada, sejas bem-vinda...
Renato Oliveira
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