As velas, lembranças flanadas,
Navegam em saudades
Através de todas as idades
Que me foram dadas
Viver. E eu ainda vivo...
Faço da minha alma um pássaro
Às margens de um rio pousado.
As águas mansas carregam
A melodia em que se fizeram
Todos os sonhos, sonhados
Ou não. E eu ainda vivo...
Banho meu coração na clara
Manhã dos dias feito dessa paz
Que envolve teu lembrar.
Chegas, assim, bem devagar,
Na serenidade que me faz
Viver. E seguirei na minha seara...
Renato Oliveira
19/03/12
19/03/12
Renato
ResponderExcluir“Viver. E eu ainda vivo...
E seguirei na minha seara...”
Viver a Vida ,
Que do verso se faz o seu reverso
E se torna uma obra de arte.
Daquele pintor cansado de tantas cores,
Que deixa a tela em branco
Observa apenas a brancura
Da luz que nela aos poucos, vai penetrando.
E como a carícia de uma brisa
A magia de um pincel
Aos poucos vai se completando a tela
Pincela-se um entardecer
De um sol que se deita
E se acomoda no pórtico de um varandado.
Aflora-se o calor que por tudo permeia.
Logo a tela se resplandece
Vibra, como a um tráfico de vida
Enfeitada por tintas que coloridas
Que tingem aquele cantinho mágico
Porto seguro de um pássaro pousado.