domingo, 29 de dezembro de 2013

Toda realidade...

Toda realidade está em ti...
As tuas mãos carregam vidas
Nuas ainda por vestir.
Infância de longe vinda,
Ah, amor! Por que não chegas?

Renato Oliveira

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Simplesmente, te amo...

Te amo... Hoje. Agora. Nesse momento...
Nunca direi que te amei, ou te amarei
-Simplesmente te amo!
E basta-me essa verdade.
Não és o meu passado, não serás meu futuro
Porque estás em mim constantemente.
Porque és meu eterno presente
-Simplesmente te amo,
Porque te amo sempre.
A todo instante,
Simplesmente, te amo...


Renato Oliveira

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Curriculum Vitae...



Há rios, há flores, há pântanos...
Mas nenhum deles conheci.
(Não havia olhos em mim...)
Há vida, há morte, há sonhos...
E um pouco de cada já vivi.

Na minha infância havia um rio
Que transformaram em lago –Sacrilégio!
E transformaram em cemitérios
Uns lindos jardins floridos.

Havia um desabrochar de sentidos
No despertar da adolescência.
Mas uma Rosa, sem clemência,
De morte o amor deixou ferido.

Havia doçura naquele bem querer...
E houve desesperança, por temer
Enfrentar a tristeza da despedida
E a certeza de uma dor tão doída.

Houve a calma ebulição interna, que só
A mim causou danos. A alma enferma
Enlutou-se, deixou-se tomar pelo pó
Que assoma as paragens ermas.

A letargia me batia à porta...
Mas haveria um caminho para me acolher
Onde revivessem as esperanças mortas,
Onde, em mim, as sentisse renascer?

Distante, suavemente, fez-se ouvir
A voz de um anjo. E em torpor
Segui esse som, na ânsia de o descobrir.
Há, agora, em mim, um amor...

Renato Oliveira

domingo, 17 de novembro de 2013

Te espero...

Nas horas lentas de cada dia
Que por mim vão passando,
Te espero.

Em noites de estrelas vazias
Em sono a vida silenciando,
Te espero.

Em cada manhã renascida
Por entre alvores clareando,
Te espero.

Te esperarei... Em cada segundo
Desse tempo que me consome
Lentamente,

Te esperarei...Nesse e em outro mundo
Onde o tempo não conte,
Docemente

Te esperarei...

Te esperarei, amada, e até que venhas
E em tuas entranhas encontre a  paz
Perdida em tantas ausências,

Te esperarei...

Renato Oliveira

terça-feira, 12 de novembro de 2013

E se for sempre assim?



E se for sempre assim?
Um não estar, não ser?
Não importa. E não quero pensar nisto.
Não preciso ver-te para saber que te amo
E acreditar nesse amor.

Não há silêncios entre nos...
Tampouco há palavras...
Há murmúrios nos ventos que te trazem à mim
Enquanto dormes nas noites do meu sonhar.

Fecho os olhos para te ouvir...
E pálidas sombras tomam tuas formas
No encanto dos pensamentos a te buscar.

 Deixa-me te amar assim, desse meu jeito,
Talvez um tanto sem jeito, de te amar.

Renato Oliveira