quarta-feira, 13 de julho de 2016

XVII/VII/MCMLXXXVI – XVII/VII/ MMXVI



Foi como uma leve brisa de verão, daquelas que chegam suavemente, nos acariciam e, depois, se vão.

Vão-se tão leves e lentamente quanto chegaram, mas deixando o perfume de natureza que trazem em si, um cheiro de vida há tanto expectada e ansiada, que não se realiza, senão por um breve tempo de existir e enfeitar essa outra vida, que fica, solta e perdida, em meio aos sonhos que ousou criar.

E agora? Começo e fim dentro do mesmo círculo: realidade e sonho, vida e morte.

Melancolia, tristeza, dor. Por que não?

Melancolia, tristeza, dor – rebanho e pastor.

E seguem através do tempo, rebanho e pastor, em trilhas silenciosas de saudade.

Renato Oliveira

sábado, 4 de junho de 2016

Momentos...



Momentos... Serão tão somente momentos, ou frações de vida que invadem aquele pequeno hiato das horas, onde esquece-se da rotina massacrante de todos os dias, para mergulhar em uma existência feita apenas de duas almas que conseguem ser maiores que todo universo?
Momentos... Não apenas de sonhar, mas de fazer reais sonhos que rondam a noite, o dia, a vida, o pensamento. Mesmo que essa realidade se dê aqui dentro, quando mergulho em mim para te encontrar e assim ser eu mesmo.
Momentos... Onde e quando não preciso ficar brincando de ser feliz, pois sou feliz nas fantasias, desejos e na magia que envolve nossos momentos. Únicos.
Momentos... Em que te amo intensamente, com ternura, afeto, carinho. Com amor. De mãos dadas, de olhos dados, de corpos dados, me entrego a ti e te tomo para mim. Mesmo que eu não o diga, tu o sabes - estou te amando enquanto nos falamos. Te sinto em mim, me sinto em ti. O calor e o perfume do teu corpo me envolvem, o doce gosto da tua boca fica na minha, teu beijo me faz sorrir nos sonhos e no sono.
Momentos... Só nossos. Exclusivos. De um amor que nos pertence e ninguém nos poderá tomar.
Momentos de muitos quereres: querer ser feliz por inteiro, querer amar o amor que és, querer a presença concreta dos toques de mãos, do olhar que se olha e se reflete no próprio olhar, um querer sem pecado e sem a vergonha de se mostrar do jeito que é.
E quero, sim, colher tua rosa úmida de amor na mais terna carícia que possa te dar.
E te quero, sim, depois do amor, tua cabeça no meu peito recostada, acariciada por todas as canções suaves que te possa ofertar.
Assim são os momentos, aqueles momentos que me dás, os teus momentos que tomo para mim sem pedir licença, apenas perguntando - queres ser minha namorada?
Não consegui enfeitar estas palavras como gostaria, por não saber como fazê-lo. Mas, acredita, elas estão, inteirinhas, com todas as cores que possamos imaginar para colorir a felicidade.

Renato Oliveira




quinta-feira, 2 de junho de 2016

Nos teus caminhos...



Nos teus caminhos através do tempo,
De mãos dadas com o vento,
E os olhares cúmplices da vida
Em teus sorrisos e sentimentos,
Faz que se encantem com as emoções
Que brotam da tua alma menina,
Flores eternas de tua eterna primavera cristalina.

(E teus desejos, ainda meninos,
Floresçam como jasmins,
Nos encantados jardins dos teus sentidos).

Nestes teus passos pelo infinito,
Hás de cruzar a ponte do invisível
Ao mundo iridescente, inatingível
A quem traz o olhar em branco e preto.
E teu olhar, enfeitado de cores,
Tem o brilho de todas as idades:
Tempo sem tempo – Eternidade!

Renato Oliveira

sábado, 21 de maio de 2016

Era quase sempre...

Era quase sempre, era em todos os dias.
Era no final da tarde, ou de manhã bem cedinho,
Ou até mesmo no meio da noite.

Não importa se era só a lua
Ou a luz dos postes na rua
Iluminando através das janelas.

 Não importa se o frio encrespava a alma,
Ou se chovia a chuva calma,
Prendendo a poeira no chão.

E vão chegando as palavras...
Uma primeira, que chama outra, 
Que fala para outra, que encontra outra...
E se reúnem em doce procissão.

Assim se fazem as conversas...
Sem tempo marcado,
Adoçando e enfeitando as horas dispersas
No tempo pelo homem recortado.

E assim acontece o amor.

Em abandono de sonhos sonolentos,
Minhas mãos em teus cabelos desfeitos,
Nos deixamos adormecer.

Há um novo dia que me chega.
Que seja belo, pois que nasce de ti.
Que seja feliz, por ser teu reflexo.
Que seja vida, porque nele estás.

Renato Oliveira   









quarta-feira, 30 de março de 2016

Não vim ao mundo...



Não vim ao mundo 
Para criar frases de efeito.
Estou aqui para crescer, 
Para tornar-me perfeito 
Perante os olhos 
Que me seguem lá do infinito.

Renato Oliveira