Seis horas da tarde...
Hora do Ângelus...
Hora da Ave-Maria...
Hora que me vem essa saudade
Que me toma e acaricia
Qual fosse a filha dileta
Chegada em hora tardia,
E, lépida, se presta
A aliviar-me a alma vazia.
Seis horas da tarde...
Hora do Ângelus...
Hora da Ave-Maria...
Na penumbra da idade
Não guardo sonhos ou fantasias
De que te faças, outra vez, a realidade
Que deixou marcas na cama,
Na vida, na carne.
Repiques de sino ao longe, numa
Distância que me foge saber onde...
E como um andejo que se desfuma
Na estrada, em meio ao que me conduz,
Sou-me minha própria cruz...
Da vida, o fim em agonia...
Seis horas da tarde...
Hora do Ângelus...
Hora da Ave-Maria...
Renato Oliveira.
domingo, 26 de janeiro de 2020
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