Em aureolada névoa, meu sonho em seu seio flutuando
Na suavidade de um abraço, de um acalanto, com aromas de paz.
Deixo-me arrastar na languidez desse momento...
Mas, meu coração pulsava em busca de um alento...
Por que, agora, essa luz mais distante de mim se faz?
E grito, me agito. E me lanço, feito raio, ao infinito,
Mas não passo de leve e breve brisa, sopro finito
Que finda-se como a luz das estrelas em céu nevoento,
Que vai, lentamente, gotas de orvalho no meu olhar tecendo,
Véu de prata que a todas estrelas encobre...
Renato Oliveira