quarta-feira, 17 de junho de 2020

Estrelas...

Ah, estrelas... essa miríade de luz tão distante de mim... pairando
Em aureolada névoa, meu sonho em seu seio flutuando
Na suavidade de um abraço, de um acalanto, com aromas de paz.
Deixo-me arrastar na languidez desse momento...
Mas, meu coração pulsava em busca de um alento...
Por que, agora, essa luz mais distante de mim se faz?
E grito, me agito. E me lanço, feito raio, ao infinito,
Mas não passo de leve e breve brisa, sopro finito
Que finda-se como a luz das estrelas em céu nevoento,
Que vai, lentamente, gotas de orvalho no meu olhar tecendo,
Véu de prata que a todas estrelas encobre...

Renato Oliveira

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