sábado, 20 de novembro de 2010

As mulheres que marcaram minha vida

II – O RENASCER

Ano de 2007. Fazia, já, 21 anos que trazia a alma em luto. Vivia no silencio da introspecção, na verdade, um apenas existir.

Morava, então, em uma cidade tropical, banhada pelo mar, com lindas e extensas praias, emoldurada por montanhas de muito verde.

Era um sonhador... Vivia a filosofar, mesmo que disso não soubesse. Perdia horas buscando entender o enredo da vida, todos os seus liames e emaranhados que levam, quase sempre, ao sofrimento e à solidão.

O que a vida havia feito comigo? Por que fora tão cruel? Deu-me um presente maravilhoso, colocou-me nos braços um pouco de mim mesmo, naquela criança tão frágil, que me chegava como fonte de luz e me fez olhar o futuro com menos ceticismo. Essa luz, no entanto, foi um único brilho, feito um relâmpago, clarão que se fez tão rápido como se fosse estrela cadente riscando o céu da minha esperança. Ele se foi, mas a dor ficou. Forte, doída, machucando, doendo no corpo, na alma, no coração.

E deixei-me ficar esquecido de mim mesmo. Mergulhei no meu mundo opaco e descolorido e ali fiquei, isolado de tudo e de todos.

Mas encontrei algo para afastar um pouco essa solidão, na modernidade do tempo atual. Passei a navegar na tecnologia da internet. Encontrava temas que me encantavam, notícias que me aterravam, manchetes que me espantavam.

Mas, um dia, encontrei algo mais. Um nome. Sim, apenas um nome. Mas continha esse nome tal força, tal energia, e em mim se impregnou de tal forma, que, a partir de então, tudo na minha vida mudou.

Dela, da dona daquele nome, nada sabia. Estávamos longe um do outro, separados pela distância. Mas isso não importava, não impedia de me sentir envolvido naquele mundo novo, feito de magia e encantamento.

Abriram-se as janelas da minha alma, ao descobrí-la. O coração despiu-se do negro luto em que se envolvera, e deixou-se banhar pelo brilho da luz que ela lhe trazia. E me permiti sonhar outra vez. Encontrei um lindo anjo que me deu asas e me ensinou a voar. E voamos juntos pelo mundo do amor. Lá, namorei a felicidade, fiz carícias na ternura e amizade com a esperança. E nunca mais voei sozinho. Sempre ao meu lado, estava o meu anjo.

-O nome desse anjo? AMOR!!!

Renato Oliveira

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