sábado, 20 de novembro de 2010

Podem as águas passar...

Podem as águas passar
Assim como passam os homens,
Mas para sempre há de ficar,
Entre inúmeros, o meu nome.

Não trago a nobreza ou o azul
Do sangue da realeza. Sou de estirpe
Outra, incomum no meio mortal,
Mas comum onde a obtive.

Trago, sim, na alma a humildade,
No coração a calma de quem sabe
Que viver não é apenas existir;

Que viver é ser nada de si, além;
E não ter do que possuir
E possuir tudo aquilo que não tem.

Renato Oliveira

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