Sabe aquele vento que parece um abraço que esperamos e que vem de quem tanto gostamos? Pois é deste vento que falo. Que deixa os cabelos em desalinho, como em desalinho ficam os namorados no ato do amor. Um vento que não é frio, é quente sem queimar, feito abraço dado não apenas com os braços, mas com todo o corpo, principalmente o coração.
E, no seu correr, vai rejuntando pedaços que se encontravam perdidos, esquecidos, esperando serem recolhidos e transformados novamente naquele “eu” adormecido por alguns meses.
Sopra, vento, sopra mais. E mais. Vem, me refaz da vida que ainda sei existir, da qual não quero desistir.
Sopra, vento, sopra mais. E me arrasta por caminhos que sabes quais são. Ou me trazes quem espero com sofreguidão.
E o vento se vai, e o vento volta, mas ainda não te encontro.
Renato Oliveira
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