Tu sempre me chegas assim, de repente,
- Inesperadamente-
Sempre na imprecisa hora de sentir-me só
Invades a penumbra do meu quarto
Onde teu rosto baila em ritmo incerto
Como se zombasse do meu riso cansado.
Inútil se faz o meu gesto...
Te percebo nas sensações do corpo lasso
Pelo teu corpo envolvido
Sentindo meu coração em descompasso,
Ao desejo do amor submetido.
Esqueço-me. De mim. Dos
meus intentos.
E as horas passam incertas, desertas.
Nem o roçar do teu corpo as despertam
Do suave torpor desse esquecimento.
Renato Oliveira
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