quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Tu sempre me chegas assim...



Tu sempre me chegas assim, de repente,
- Inesperadamente-
Sempre na imprecisa hora de sentir-me só

Invades a penumbra do meu quarto
Onde teu rosto baila em ritmo incerto
Como se zombasse do meu riso cansado.

Inútil se faz o meu gesto...
Te percebo nas sensações do corpo lasso
Pelo teu corpo envolvido

Sentindo meu coração em descompasso,
Ao desejo do amor submetido.
Esqueço-me.  De mim. Dos meus intentos.

E as horas passam incertas, desertas.
Nem o roçar do teu corpo as despertam
Do suave torpor desse esquecimento.

Renato Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário