sábado, 19 de dezembro de 2009

Quem da vida...

Quem da vida esquece a cor
E da esperança o carinho,
É rio que corre fingidor
Por águas em torvelinho

E mergulha com furor
Sobre as pás de um moinho.
Pequenas vagas de rancor
Ajudam a rodar o moinho

Que alimenta tua dor
Enquanto segues teu caminho.
E o amor, teu mar maior,
Faz-se revolto redemoinho

Sugando para teu interior
As mágoas do ser sozinho.
E buscas encontrar o sabor

Que te devolva ao velho ninho,
Em meio ao que te restou

Entre rosas e espinhos.

Renato Oliveira

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