sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Vem a noite...

Vem a noite de estrelas ornadas
E vem a lua no céu tão pálida...
Vem docemente, tão lentamente,
Como se tivesse as mãos caídas...
A lua, desilusão solitária
Na profusão de estrelas do infinito...

Num tempo em que eu era outro,
Outros eram também meus pensamentos.
Mas um outro novo tempo chegou
E virou minha alma do avesso.
Agora já não penso...
Não tenho mais tempo...

E a lua no céu tão pálida...
Vem docemente, tão lentamente,
Como se tivesse as mãos caídas...
Iguais as minhas...


Renato Oliveira

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