Por entre sonhos e esperas, eu já te pressentia.
Te procurava no despertar de cada manhã, e não estavas...
Te procurava em cada passo dos meus dias, e não estavas...
Me banhava nas águas da chuva, pensando em te encontrar, mas não estavas...
E no adormecer leve das tardes, procurava teu rosto e teu olhar. E não estavas...
Te procurava no céu, entre o brilho do luar e das estrelas, e não estavas...
Eu te precisava como a luz que iluminaria meus pensamentos.
Eu te precisava para afastar toda tristeza do coração.
Eu te precisava para afastar o frio da solidão.
Eu te precisava para saber em mim o amor que me faria feliz.
Eu te precisava para recuperar a coragem de continuar vivendo.
Quando, enfim, todas as esperanças de te encontrar pareciam mortas;
Quando todos os sonhos pareciam vãos, e eu mesmo de mim me despedia;
Quando, resignado, ao carrasco insensível do tempo e do destino, me entregava,
De repente, não mais que de repente, te fizeste real.
Assim, de repente, surgiu o sopro de vida que me deu novo alento.
Assim, de repente, renasci e me vesti de esperanças e alegrias.
Assim, de repente, como se soubesses o quanto de vida encontraria em ti...
Renato Oliveira
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