(permita-me, ainda, te chamar de amor...)
Se em ti guardas as palavras que te disse,
E restam tênues vagas dos sonhos que tivestes,
E consegues o sorriso por disso lembrares;
Se em tua boca guardas marcas e o gosto da minha boca,
E no teu corpo sentes, ainda, o roçar de minhas mãos,
E ao lembrar destas carícias, ainda estremeces;
Se destas lembranças guardas o encanto e o brilho,
E és capaz de revivê-las em breves e fugidios sonhos,
E refazê-las, em sonhos, tão real quanto puderes;
Então, saberei que não foi em vão o amor,
O amor maior em meio a todo amor que existe,
E me deixarei adormecer tranquilo,
Nos braços da minha velhice...
Renato Oliveira
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