Cansado dos meus erros, dos enganos,
Dos encontros e muitos abandonos,
Coisas que não consegui corrigir.
Meu caminhar, sempre trôpego,
Não trouxe, a quem pretendia,
O sorriso que imagina sorrir.
Nos gestos, nos afagos, nas palavras,
Mão e lábios não conseguiam traduzir
A emoção que em minha alma passava.
Desse amor restarão lembranças,
Imagens que o tempo não apaga,
Memória viva a embrasar a alma,
Na dor de se saber sem esperança.
O futuro que sobre mim avança
É a noite eterna dos deserdados,
Feita de névoas e de sombras...
Renato Oliveira
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