quinta-feira, 23 de julho de 2009

É Natal

Nos últimos anos, todo Natal foi solítário. Não havia ninguém a minha volta, não havia visitas, nem telefonemas. Aqueles que deveriam compartilhar da ceia comigo, cedo se entregavam ao sono, sob a desculpa de estarem cansados. Então, ficava na sala, na companhia dos meus pensamentos, minhas lembranças e minhas saudades.

É Natal.
E me dói na alma
Abraçar lembranças,
Acariciar saudades
Sem rosto, sem corpo,
Sem braços que retribuam
Meu abraço.
Mas não faz mal.
Sirvo-me de uma taça de vinho
E no meu silencio ergo um brinde
Aos meus queridos fantasmas.
Aos que estão ausentes
Por imposição divina;
Aos que estão distantes,
Por questões de sina.
Tin-tin! Saúde.
E que o amor permaneça
Em todos, tão forte, tão amor,
Quanto é amor em mim.


Renato Oliveira

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