
Falam-me de um Pai Maior,
Dono do meu destino, dono
Do meu ser e querer.
É esse o pai
Que me jogou nessa vida
E me fez sangrar as feridas
Em lutas que não pedi?
Que me faz doer pelo corpo
Uma dor que me rasga a carne
No fio cego da navalha sem corte?
Que me toma o tesouro que me dá
E me dá o ouro da desconfiança
Na certeza de suas mão santas?
Que me afasta do cálice sagrado
E me dá de beber da sicuta
E me vê, filho desgraçado,
Tombar em meio à disputa
Do mísero pão de cada dia?
É este o sol que irradias?
Renato Oliveira
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