
Quando meu pai partiu, uma de minhas irmãs ficou inconsolável, questionando a sabedoria da natureza. O inconformismo nela era latente, não aceitava. Então, tentando consolá-la, enviei-lhe essa pequena rima.
Vamos seguir nessa toada, amiga,
Que em breve a noite chega
Para cobrir de nossas vistas
O que aos olhos causa tristeza.
Vamos seguir nessa toada, amiga,
Porque não tardam as horas
Com as luzes de um novo dia
E as cores de uma nova aurora.
Porque não tardam as horas
Com as luzes de um novo dia
E as cores de uma nova aurora.
Vamos seguir nessa toada, amiga,
Deixando para trás o que ficou;
São sulcos de uma estrada antiga,
Por onde esse comboio já passou.
Deixando para trás o que ficou;
São sulcos de uma estrada antiga,
Por onde esse comboio já passou.
Renato Oliveira
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