domingo, 30 de agosto de 2009

Foi um dia, uma noite
Que não queria mais lembrar,
Mas continuam, feito um açoite,
Sempre a me vergastar.

Doía o corpo e os olhos cansados
Refugavam o repouso, por atenção
A quem merecia os cuidados
E ajuda por minhas mãos.

“Descansa, pai, que eu também
Vou descansar”. Estas palavras
Soaram como convite do alem
Para poupar-me a alma

E o coração de enfrentar,
Como de há muito esperava,
O desfecho daquela batalha,
Angústia que me atormentava.

E agora, a cada data festiva,
Sinto mais ainda a ausência
De quem era luz e vida
Na minha vida. Ausência

Que se faz tão maior quanto
Passam os dias e os anos
Que nos separam. De tantos
Erros, tantos enganos,

Foste tu o escolhido.
Porque, não sei. Talvez
(Quem sabe?) eras o anjo mais bonito
Que havia de enfeitar o céu...


Renato Oliveira

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