Que não queria mais lembrar,
Mas continuam, feito um açoite,
Sempre a me vergastar.
Doía o corpo e os olhos cansados
Refugavam o repouso, por atenção
A quem merecia os cuidados
E ajuda por minhas mãos.
“Descansa, pai, que eu também
Vou descansar”. Estas palavras
Soaram como convite do alem
Para poupar-me a alma
E o coração de enfrentar,
Como de há muito esperava,
O desfecho daquela batalha,
Angústia que me atormentava.
E agora, a cada data festiva,
Sinto mais ainda a ausência
De quem era luz e vida
Na minha vida. Ausência
Que se faz tão maior quanto
Passam os dias e os anos
Que nos separam. De tantos
Erros, tantos enganos,
Foste tu o escolhido.
Porque, não sei. Talvez
(Quem sabe?) eras o anjo mais bonito
Que havia de enfeitar o céu...
Renato Oliveira
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