sábado, 8 de agosto de 2009

Anjo Negro...



















Vem, anjo negro da divisa,
Vem e arrasta-me aos teus domínios.
Se, para alguns, és o fim do caminho,
Para mim és a essência da vida.
Vê. Meu corpo já não reclama calor,
Não mais tremem minhas mãos
E faz-se em mim
O silêncio dos sepulcros.
Vem, e sejas bem-vinda,
Minha cortesã de negros vultos.
Trás em ti a voz do púlpito
Que abrandará minha alma
E me levará à paz do infinito.
Lá repousarei meu fardo oculto,
Por mim carregado em vida
Disfarçado em muitos risos,
À custa de muitas lágrimas, contidas
Na dor de não saber chorar.





Renato Oliveira

Um comentário:

  1. poxa......muito bom msm cara..........s poder deixa o email aí

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